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Área de invasão incomoda moradores do Loteamento Marivan

Associação de Moradores cobra da Seides a retirada de barracos em área que deveria ser destinada à construção de escolas e postos de saúde

11/12/2009 - 18:00

Área de invasão incomoda moradores do Loteamento Marivan

Associação de Moradores cobra da Seides a retirada de barracos em área que deveria ser destinada à construção de escolas e postos de saúde

11/12/2009 - 18:00

Barracos do Marivan incomodam moradores do loteamento

Criada há 25 anos, a Associação de Moradores e Amigos do Loteamento Marivan (Amovan) reivindicou durante muito tempo um projeto urbanístico que atendesse a todas as necessidades da população.  Entretanto, apesar de alguns problemas ainda persistirem – como a falta de iluminação e saneamento em diversas ruas –, a situação que mais incomoda os moradores é outra: a instalação de barracos em áreas que deveriam ser destinadas à construção de escolas e postos de saúde.

Área de invasão

Segundo a atual representante de Associação dos Moradores, Cláudia Ramos, as famílias que se encontram instaladas nos espaços de invasão receberam casas alugadas pela Secretaria de Ação Social e, mesmo assim, relutam em deixar o local. “Apesar de já terem recebido as casas alugadas, muitas famílias vivem nos dois espaços – na casa e no barraco - ou vendem as casas e continuam morando nos barracos. Muitas pessoas, inclusive, saem de suas residências no Loteamento Padre Pedro e instalam barracos na área de invasão com o intuito de conseguir casas alugadas pelo governo”, afirma. A representante cobra da Secretaria Estadual de Inclusão e Desenvolvimento Social (Seides), medidas que contornem o problema. “Incluir barraca não é inclusão social. Eu quero que a secretária Conceição Vieira cumpra o que prometeu e retire os barracos daquela área”, continua.

Banheiro do campo de futebol encontra-se em péssimo estado

Cláudia reclama que o seu esforço para acabar com a invasão lhe rendeu diversas ameaças. “Eu sou perseguida não apenas pelos moradores da invasão, como também pelo representante do OP”. O Orçamento Participativo (OP) é um processo pelo qual a população decide, de forma direta, a aplicação dos recursos em obras e serviços que serão executados pela administração municipal. De acordo com Cláudia, a nomeação do representante do OP no Marivan deve contar o apoio da Amovan, o que não aconteceu. “Não tem nem um registro ou documento de posse que comprove a eleição do secretário”, afirma.

Segundo o assessor de comunicação da Seides, Salomão Silva, a responsabilidade da Secretaria é retirar as pessoas que residem em locais de risco, o que não acontece nas áreas de invasão do Loteamento Marivan. “O crescimento populacional naquela região é muito grande e nós não temos como controlar todo o espaço. Os moradores de barracos instalados em terrenos do Governo do Estado foram transferidos para casas alugadas pela Seides, mas as pessoas que estão em terrenos da Prefeitura são responsabilidade da própria Prefeitura de Aracaju”, afirma o assessor.

Falta apoio

Cláudia Ramos reivindica também maior atenção para as atividades desenvolvidas pela Associação. “Além da Semana da Leitura - que acontecerá no dia 15 de dezembro e tem como objetivo incentivar o gosto das crianças pela leitura –, nós pretendemos educar a população através de oficinas de arte e palestras”, afirma. Segundo Cláudia, a associação precisa de uma sede maior e mais bem equipada, com espaço para a realização de oficinas e a construção de uma biblioteca. “Nós temos várias idéias, só precisamos de apoio para colocá-las em prática”, afirma.

Queixas dos moradores

Ruas esburacadas e sem pavimentação dificultam acesso de veículos

Outra coisa que tem incomodado a população é a construção de um campo de futebol no lugar onde casas e escolas poderiam ser construídas. “O campo foi construído na administração do ex-governador João Alves e não contou com o apoio da população local”, afirma Cláudia. Atualmente, o campo de futebol é usado para a prática de crimes como prostituição infantil, estupro e tráfico de drogas.

Além disso, a falta de pavimentação dificulta o acesso às ruas e a quantidade de terrenos baldios (aliada à falta de iluminação) facilita a ação de criminosos. “Quando dá 19h, ninguém mais quer sair de casa por causa dos constantes assaltos que acontecem nessa região”, afirma a dona-de-casa Agelisa Pires.

Por Carla Santana

 FONTE: infonet